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domingo, 15 de agosto de 2010

Do começo ao fim - Poema.

Quem viu o filme, certamente ficou curioso ao ouvir um poema ser declamado para um dos irmãos. Pesquisei e encontrei o poema. Aqui vai um trecho do mesmo.






(...) Chama-se Alberto. Chamo-o de Albert à cause do meu querido Camus.
 O único. É belo igual a ele. (...) 
Mas falemos agora de uma evidência perturbadora para a caterva e tão genuína e transparente para mim: como os machos se amam uns aos outros! Por que fazem desse fato tamanho mistério e sofrimento?
 Perdoa-me, Cordélia, mas a não ser tu, minha irmã e tão bela, não tive um nítido e premente desejo por mulher alguma. Mas sempre gosto de ser chupado. Então às vezes seduzo algumas de beiçolinha revirada. Mas o falo na rosa, nas mulheres, só in extremis. 
(...) Gosto de corpos duros, esguios, de nádegas iguais àqueles gomos ainda verdes, grudados tenazmente à sua envoltura. 
(...) Gosto de cu de homem, cus viris, uns pêlos negros ou aloirados à volta, um contrair-se, um fechar-se cheio de opinião. E as mulheres com seus gemidos e suas falações e grandes cus vermelhuscos não me atraem.
 (...) Bunda de mulher deve dar bons bifes no caso de desastre na neve.
 (...) Quanto a Albert. Tem 16. É mecânico. Não faças essa cara e não rias. Se tu o visses, teus grandes e pequenos lábios intumesceriam de prazer, assim como intumesciam sob os meus dedos quando eu os tocava fingindo esmigalhar as polpinhas rosadas. (...)

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