Marcadores

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dicionário das Monas

Moderno Dicionário das Monas: Pajubá Contemporâneo ( gírias gays )

Acho digno – usado para expressar admiração por algo. O mesmo que “Acho luxo” ou “Acho bafo”
Adé – gay
Alice – gay ingênua, que vive no País das Maravilhas
Amapô ou Amapoa – mulher
Aqüendar – ver, olhar, prestar atenção, flertar
Aqüé - dinheiro
Atender – ficar ou ter relações sexuais com alguém
Arrasou – elogio de admiração

Bas fond – qualquer fofoca, boa ou ruim. O mesmo que “babado”
Bafo – adjetivo para caracterizar algo bom
Bafão – confusão
Barbie – gay fortão e afeminado
Barroca – mulher velha
Betty Faria – usado para caracterizar alguém atraente, que incita o desejo sexual
Bill – gay, apelido carinhoso
Bofe – homem bonito
Bolacha – lésbica

Cagar no maiô – fazer besteira
Cafuçu - homem
Carimbo – DST
Carão – fazer pose
Cheque – cocô, o mesmo que “Nena”
Cherokee – lésbica masculina, o mesmo que “caminhoneira”
Colocada – pessoa bêbada, o mesmo que “Otchin”


Dar close – dar pinta, chamar a atenção
Dar a Elza - roubar
Dar o truque – expressão usada para quando se disfarça algo ou foge de alguma situação
Dumdum – pessoa negra


Ebó – macumba, trabalho
Edi – ânus
Erê – criança

Gay de Nárnia – homossexual não assumido, que não saiu do armário


Ilê – casa


Jorge – homem bonito do tipo pai de família


Mona – mulher ou homossexual afeminado
Maricona – homem homossexual com mais de 50 anos
Muito Rica – pessoa bonita e gostosa


Neca – órgão sexual masculino


Odara – grande
Operada – travesti ou pessoa andrógina

Pão com ovo – pessoa pobre e sem classe
Pencas – muito, em grande quantidade
Picumã - cabelo
Pintosa – homem homossexual feminino

Racha – órgão sexual feminino

Se Joga – expressão de estímulo e encorajamento

Tá boa – expressão de desdém e descrédito
Tô loka – expressão para mostrar raiva ou para indicar que está sob efeito de álcool
Tô passada – expressão de espanto, o mesmo que “Tô bege” ou “Tô neon”

 – tudo que é ruim


Xoxar – zombar de algo ou alguém, o mesmo que “Gongar”

Zoraide – gay mística, esotérica

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Adriana Calcanhoto casa com Filha de V. de Moraes


Sempre discreta quando se trata de sua vida pessoal, a cantora Adriana Calcanhotto resolveu oficializar na Justiça sua união civil com a cineasta Suzana de Moraes, filha do músico Vinicius de Moraes.

De acordo com o jornal "O Dia", as duas já moravam juntas, mas só agora decidiram declarar na Justiça a união. A união estável entre casais do mesmo sexo é permitida no Brasil e realizada em cartório.

Adriana Calcanhotto e sua companheira realizaram uma festa na última segunda-feira (6) para comemorar o feito com amigos e familiares.

Fonte: A Capa.

Crônica - Podem me chamar de Gay


"Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido.

Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto.


A fragilidade do vidro nasce da força e do ímpeto do fogo".

Fabricio Carpinejar.